COVID19

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é uma condição em que há comprometimento de uma região cerebral devido a falta de irrigação (isquemia) ou devido a sangramento (hemorrágico).

A maioria dos AVC é do tipo isquêmico – 85%. Ocorre uma obstrução nas artérias que levam sangue e nutrientes para os neurônios de uma determinada região. Em conseqüência, estes neurônios morrem e deixam de exercer suas funções, que se manifestam por fraqueza, perda de sensibilidade, dificuldade de fala, comprometimento visual, entre outros sintomas.

No tipo hemorrágico, ocorre uma ruptura da artéria, e o sangramento decorrente disto também causa a morte de neurônios. Este tipo ocorre em cerca de 15% dos casos de AVC.

O AVC é mais freqüente em pessoas idosas. A idade e o sexo masculino são fatores de risco não modificáveis. A hipertensão arterial sistêmica, o diabetes mellitus, a dislipidemia (colesterol alto), a obesidade, o tabagismo, o etilismo, o sedentarismo (falta de atividade física) são fatores de risco modificáveis. Portanto, é importante que todas as pessoas se informem e criem hábitos que permitam uma vida com menos chance de doenças e conseqüentemente mais feliz.

Ficam as dicas:

1. Pratique atividade física regularmente. Qual? A que você gostar e sua saúde permitir. O importante é a regularidade, precisamente 4 a 5 vezes por semana.
2. Cuide da alimentação. Não é só uma questão estética. Manter o peso ideal proporciona bem estar e permite uma qualidade de vida cada vez melhor. Prefira alimentos naturais, sem conservantes e pouco gordurosos. Mantenho o bom senso e evite os excessos.
3. Evite o abuso do álcool e o tabagismo.
4. Diminua o estresse. Faça atividades relaxantes semanalmente.
5. Controle a pressão arterial e a glicemia. Manter acompanhamento regular e o uso contínuo das medicações são as melhores formas de controlar a hipertensão arterial e o diabetes.
6. Pessoas com problemas de saúde específicos – cardiopatias, doenças hematológicas, doenças reumatológicas – devem pedir orientação para medidas de prevenção com seus médicos assistentes.
7. Para mulheres acima de 35 anos e que usam anticoncepcionais hormonais orais é muito importante que não fumem. A associação entre tabagismo e anticoncepcionais hormonais pode aumentar a chance de eventos trombóticos, que incluem o AVC.
8. Cuide-se ! Sua vida é muito preciosa !Sou do grupo de risco? Os dados obtidos até o momento, não mostraram aumento do risco de formas graves pelo fato de ter epilepsia isoladamente. Mas caso apresente outras comorbidades como hipertensão, diabetes ou cardiopatia, devo manter o distanciamento social de forma mais rigorosa. 

 

 

O uso de medicamentos antiepilépticos aumenta o risco de formas graves do COVID? Até o momento, não houve nenhuma documentação neste sentido para as medicações usuais. Pacientes com formas específicas de epilepsia, que façam tratamento com ACTH, corticosteróides, ou imunoterapias, por afetarem o sistema imunitário, pode tornar estes pacientes mais vulneráveis a infeção viral. 

 

 

O coronavírus pode desencadear crises em pessoas com epilepsia? Não existe evidência para isso, mas toda infecção pode causar febre e, para alguns tipos de epilepsia, a febre pode desencadear crises. Assim, tenha sempre termômetro e se necessário prefira o paracetamol.

 

 

Mantenha o uso regular das suas medicações, nas doses orientadas pelo seu médico. Em caso de dúvida entre em contato. A telemedicina já está autorizada pelo Ministério da saúde.

 

 

Receitas controladas em tempos de COVID -19

 

 

Para pacientes que necessitam de medicamentos controlados de uso contínuo, a RDC n°357 da ANVISA de 24/03/2020 estabeleceu algumas mudanças temporárias (seis meses) na prescrição para facilitar o acesso às medicações:

 

 

  • Receitas de Controle Especial – prescrição de quantidade de medicamento correspondente a no máximo seis meses de tratamento, incluindo antiparkinsonianos e anticonvulsivantes. 
  • Receita A – prescrição de quantidade de medicamento correspondente a no máximo três meses de tratamento.
  • Receita B – prescrição de quantidade de medicamento correspondente a no máximo seis medes de tratamento. 

 

 

Lembre-se que a validade da receita continua a mesma de trinta dias. 

 

 

Fonte: ANVISA RDC n°357 de 24/03/2020. DOU edição 57-C, seção 1-Extra página 2.